A Escola de Economia de Energia da Renault completou um ano com importantes conquistas em eficiência energética, redução de desperdícios e, em especial, na redução dos impactos ambientais da atividade através do uso correto dos recursos naturais. Nos últimos seis anos (2007 / 2013) as conquistas atingiram redução de 51% no consumo de energia elétrica, 32% no de gás natural e de 52% no de água por veículo, no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais. Para alcançar estes resultados foram implantadas novas práticas e processos, sistemas operacionais inovadores, além da substituição de equipamentos e treinamento de equipes de todas as áreas da companhia.
Além de administrar o consumo de recursos naturais envolvidos em todos os processos, os resíduos gerados na produção (metais, plásticos, borra de tinta, etc) são reciclados. Em 2013, o volume de reciclagem atingiu cerca de 70 mil toneladas. Dessa forma, elementos como óleo de motor, papel, papelão, madeiras e isopor ganham destinação adequada em outras aplicações, enquanto outros, como o aço e alumínio, voltam para a cadeia produtiva. A Renault gerencia 100% de seus resíduos industriais.
O isopor que vira teto
O grande volume de isopor que acompanha a embalagem das peças e a dificuldade na destinação ideal deste material levou a Renault a buscar alternativas. Foi assim que a área de Meio Ambiente e o Laboratório de Materiais da Renault, em parceria com a empresa Santa Luzia, desenvolveu um equipamento para compactar e transformar o poliestireno expandido (isopor) em tiras compactadas, diminuindo 97% de seu volume resultando na reciclagem de 80 toneladas de isopor por ano. A solução, além de reduzir o custo e poluição com o transporte até a empresa parceira, também contribuiu para o manuseio do material já como matéria prima. A Santa Luzia recebe esse material e o transforma em rodapés, sancas e detalhes de decoração. Óleo de usinagem de motor que vira cimento Toda a emulsão de água e óleo gerada no processo industrial é destilada. Enquanto a água é reaproveitada para a limpeza da fábrica, a borra de óleo restante é coprocessada e utilizada como componente na produção de cimento. Mais de 500 toneladas de óleo são recicladas por ano.
Copo plástico transformado em cadeira
Todos os meses aproximadamente 1,4 milhão de copos plásticos são destinados para reciclagem no Complexo Ayrton Senna. Para isso, os copos passam por um processo que inclui lavagem, trituração, secagem, extrusão (processo que transforma o plástico em fios que simulam um macarrão) e granulação para, finalmente, virarem a resina que é a matéria prima na produção de cadeiras. Para a produção de uma cadeira, são necessários cerca de 660 copos de água de 300 ml ou 2.900 copos de café de 50 ml.
Papel que vira caixa de ovo
Quase 7.800 toneladas de papéis são recicladas todos os anos na Renault. Todos os papéis, do sulfite ao papelão, até o papel utilizado para secar as mãos, são encaminhados para a reciclagem. Depois de um processo que inclui o descarte dos banheiros e vestiários, a prensagem, trituração e enfardamento, o papel é levado a um forno com água onde é aquecido e se transforma em uma massa que, colocada em formas especiais, se transformam em bandejas que comportam ovos, frutas e copos.
O lodo da pintura que dá origem a peças metálicas
Os resíduos de borra de tinta que sobram da pintura dos carros é transformada em lodo na Estação de Tratamento de Efluentes Industriais da Renault. Com 17% de ferro em sua composição, o lodo é encaminhado para uma empresa recicladora, responsável pela transformação desse resíduo em matéria prima na produção de peças metálicas em fundições e siderúrgicas. Desta forma, mais de 600 toneladas de lodo da estação de tratamento são recicladas por ano pela Renault.
Reserva ambiental
A Renault do Brasil é uma das montadoras que mantém a maior reserva ambiental da América Latina em suas instalações: 60% de seus 2,5 milhões de m2 são de mata nativa preservada. Além do trabalho de biólogos, engenheiros ambientais e químicos com o objetivo de preservar a área, a parceria entre Renault e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2005 garantiu o monitoramento da mata com um diagnóstico que impressiona: mais de 140 espécies de mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis compõem a fauna da “floresta ombrófila mista” – nome científico deste tipo de mata.
Também em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Renault desenvolveu um projeto de recuperação de uma área de 73.000 m2 outrora usada como passagem e que corria risco de erosão. Mais de 25 mil mudas de árvores foram plantadas, como aroeiras, juquiris e bracatingas, entre outras, o que contribuiu para que a área retomasse sua paisagem original, inclusive atraindo a fauna que antes habitava o local. Um programa anual de monitoramento em todo o Complexo Ayrton Senna inclui os acompanhamentos dos efluentes, bacias de contenção, rios próximos da fábrica, emissões atmosféricas, ruídos e lençol freático.
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.