Injeção e troca da sonda lambda do Nissan March. Funcionamento e manutenção do sistema de injeção bicombustível do compacto japonês, que tem mais de 70 mil km e já trocou alguns componentes do sistema
Texto e Fotos: Carol Vilanova
O sistema de injeção eletrônica nasceu para modernizar o desempenho do motor de um veículo, reduzindo a emissão de poluentes e o consumo de combustível, por consequência. Se por acaso, esses fatores não estão sendo alcançados, pode ter certeza de que existe algum problema a se descobrir.
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Para que a injeção eletrônica cumpra com sua missão, é necessário que seja feita a injeção da combinação exata de ar/combustível em todas as faixas de rotação. Na maioria dos casos de ineficiência do sistema de injeção eletrônica, o motor fica falhando e tem pouco rendimento, além disso, a marcha lenta fica irregular, a potência do veículo diminui e pode haver um aumento das emissões de poluentes.
Vital para o bom funcionamento do motor, a injeção tem a responsabilidade de enviar o combustível em quantidade exata para o motor, o que é conseguido por conta de uma central eletrônica que analisa as condições deste motor, ajustando a mistura de ar e combustível que seja injetada para melhor eficiência.
Além da central eletrônica, ou módulo, o sistema conta com sensores e atuadores para funcionar. Os sensores identificam a condição do veículo, enquanto os atuadores fazem as correções necessárias.
Os principais sensores são:
1) Sensor de pressão 2) Sensor de temperatura 3) Sonda lambda 4) Sensor do corpo de borboleta 5) Sensor de rotação |
Os principais atuadores são: 1) Injetores de combustível 2) Bomba de combustível] 3) Bobinas 4) Motor de passo 5) Ventoinha de arrefecimento
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Numa eventual avaria de qualquer um dos sensores, a memória do módulo da injeção registra e armazena essa falha. Enquanto isso, passa a utilizar um valor padrão para que o sistema continue funcionando, porém com aumento do consumo de combustível. Nesses casos, uma luz de advertência acende no painel do veículo.
Injeção e troca da sonda lambda do Nissan March: Possíveis falhas
“Quando a luz de anomalia acende do painel, o veículo deve ser examinado por um mecânico. Fisicamente, o motor apresenta falhas na hora de acelerar, perda de potência e alto consumo de combustível”, esclarece Beroaldo Melo, coordenador técnico da Escola do Mecânico, em Santos/SP.
Neste caso, a primeira coisa a fazer é investigar, conversar com o cliente quando começou e o que está acontecendo para ter um diagnóstico preciso, segundo o técnico. Às vezes é difícil identificar o problema, pois o motor continua funcionando, mas é importante parar o carro para inspeção sempre que a luz acende ou pois quando não funciona corretamente, pode danificar outros componentes, como velas, catalisador, etc.
Oriente seu cliente em relação a isso, já que motivos simples podem causar danos, como uma gasolina adulterada, por exemplo, até mesmo problemas no catalisador ou por conta de falhas na leitura da sonda lambda.
É imprescindível fazer a manutenção das velas e cabos, além da limpeza dos bicos injetores, quando é recomendado no manual do proprietário do veículo. Tudo isso vai reduzir chances de problemas mais graves e consequentemente, mais dor de cabeça ao seu cliente.
Injeção e troca da sonda lambda do Nissan March: O que fazer?
Fizemos a varredura do sistema de injeção eletrônica do Nissan March 2012/2013, equipado com motor 1.6 l bicombustível e 71 mil km rodados. Este engenho tem quatro cilindros e comando duplo de válvulas, ou seja, 16 válvulas de admissão e escape. Com 1.598 cm³, o March desenvolve 111 cavalos de potência a 5.600 rpm e tem torque máximo de 15,1 kgfm @ 4.000 rpm, também com qualquer um dos combustíveis.
1) Passar o escaner para fazer o diagnóstico correto. Para encaixar o OBD, tire a tampa debaixo do painel do veículo.
2) Coloque os dados do carro, e o escaner vai fazer a varredura e mostrar os códigos de falhas existentes.
3) Neste caso tivemos um alerta de circuito/ sensor do nível de combustível. O que não é necessariamente um problema. Ser continuar, a peça deve ser trocada.
4) Faz a leitura de todos os sistemas e apague os códigos de falhas, se for uma anomalia persistente, aí a peça deve ser trocada ou o sistema consertado.
5) Em seguida, encontramos uma anomalia na sonda lambda pós catalisador, portanto, vamos remover a peça para fazer os testes de multímetro.
6) Remova o conector e as abraçadeiras dos fios.
7) Com uma chave 22 mm, desenrosque a sonda para remover a peça.
8) Na bancada, faça os testes com o multímetro, para ver as condições da peça. Seguir os parâmetros de tensão e resistência.
9) Depois coloque a peça nova de volta e passe o escaner novamente para verificar se foi resolvida a avaria. Apague os códigos de falha.
Ficha técnica do motor
Código do motor: HR16DE Instalação: Dianteiro Posição: Transversal Aspiração: Natural Combustível: Gasolina / Etanol Alimentação: Injeção multiponto Cilindrada: 1.598 cc Cilindros: 4, em linha Comando de válvulas: No cabeçote, corrente Válvulas por cilindro: 4 Potência: 111 cv @ 5.600 rpm Torque: 15,1 kgfm @ 4.000 rpm Taxa de compressão: 10,7:1 |
https://www.oficinanews.com.br/mecanica-leve/sistema-de-injecao-direta-do-passat/
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.