Fabricante dos componentes, a Dana orienta a hora de substituir a vedação nos eixos diferenciais. Segundo a empresa, não importa se o veículo tem tração dianteira, traseira ou integral, um componente comum que todos os veículos têm é um diferencial de engrenagem. Uma grande parte do diferencial é a carcaça que contém a engrenagem do eixo em si e se conecta a outro eixo, o de transmissão e assim fornecer força para as rodas.
Cada diferencial, seja dianteiro, traseiro ou ambos, no caso de veículos com tração nas quatro rodas, têm um eixo de entrada e saída para fornecer e distribuir a potência. Cada eixo tem uma vedação de borracha ou plástico rígido, que é projetada para evitar que o óleo da engrenagem escape, mas também proteger os componentes internos da engrenagem de serem contaminados por detritos externos.
Leia a Revista Oficina News completa
Em muitos casos, quando um vazamento de óleo é encontrado no diferencial, a razão da perda de lubrificante é por uma falha de vedação na saída do diferencial ou vedação do eixo danificada.
Como qualquer outra vedação ou gaxeta, a vedação de saída do diferencial está sujeita a desgaste devido à exposição excessiva aos elementos, envelhecimento e exposição ao óleo de engrenagem, que é extremamente espesso e contém produtos químicos corrosivos que, eventualmente, ressecam a vedação.
Quando o selo resseca, ele está sujeito a rachaduras. Isso cria orifícios microscópicos entre o alojamento do diferencial e a tampa do eixo da vedação de saída e, quando o óleo da engrenagem desenvolve pressão, pode escapar pelos orifícios da vedação e vazar para o solo.
Com o tempo, a vedação de saída diferencial pode vazar e permitir que o lubrificante escape ou mesmo agentes contaminantes externos entrem na carcaça. Quando isso acontecer, haverá falhas na lubrificação do diferencial e os rolamentos e engrenagens podem superaquecer. Se essas peças começarem a superaquecer, pode haver danos sérios ao diferencial que podem deixar o veículo inoperante até que o diferencial seja reparado.
Normalmente, o selo de saída vazará mais enquanto o veículo estiver em movimento, principalmente quando os eixos fixados ao diferencial estão sendo impulsionados pelas engrenagens dentro do diferencial. Conforme o óleo vaza, a lubrificação dentro do diferencial fica comprometida, o que pode levar a danos significativos nas engrenagens, eixos e componentes dentro da carcaça.
Da mesma forma que ocorre em qualquer componente mecânico que perde lubrificação, quando a vedação de saída está vazando fluido, haverá uma série de sinais ou sintomas de advertência que devem alertar sobre a existência de um problema. Alguns dos sintomas mais comuns de uma vedação do eixo de saída diferencial danificada ou quebrada incluem:
Presença de fluido na parte externa do diferencial e do eixo — O sinal mais comum de que a vedação do eixo de saída está danificada ocorre quando há fluido cobrindo a área onde o eixo de saída conecta o eixo ao diferencial. Normalmente, o vazamento começa em uma parte da vedação e se expande lentamente para penetrar o óleo da engrenagem em toda a vedação. Quando isso ocorre, o nível do fluido diminui rapidamente dentro do alojamento do diferencial, o que pode causar danos aos componentes.
Ruídos emitidos sob o veículo durante as curvas — Conforme o fluido da engrenagem vaza, os componentes de metal dentro do diferencial desenvolvem calor excessivo e podem gerar atrito uns contra os outros. Quando isso ocorre, normalmente emite um ruído de trituração proveniente da parte de baixo do veículo ao virar para a esquerda ou direita. Se notar esse tipo de som, significa que as partes metálicas estão, na verdade, se partindo, causando danos significativos.
Cheiro de óleo de engrenagem queimado — O óleo de engrenagem tem uma viscosidade muito mais espessa do que o óleo de motor. Quando começa a vazar da vedação do eixo de saída, pode espirrar nos tubos de escapamento sob o veículo. Isso é normalmente comum com diferenciais dianteiros em veículos com tração nas quatro rodas. Se o óleo entrar em contato com o escapamento, normalmente queimará e gerará fumaça e o cheiro característico de óleo queimado, mas se o vazamento for significativo o suficiente, ele pode pegar fogo.
Qualquer um dos sintomas acima pode ser evitado por meio de serviços e manutenção de rotina. É recomendado pela maioria dos fabricantes automotivos drenar o óleo do diferencial e substituir as vedações de entrada e saída a cada 80 mil km ou a cada cinco anos de uso.
Lembre-se, não é seguro dirigir por longo tempo com problemas na vedação do eixo e o fluido de transmissão vazando. Se o vazamento do selo do eixo não for consertado logo, isso pode causar danos permanentes à transmissão.
Outra dica importante dos técnicos Dana é ficar atento ao transitar em locais alagados. Como estamos em época de chuvas é melhor ficar atento ao transitar por trechos com alagamentos. Em função do sistema de respiro do diferencial, pode haver entrada de água no diferencial ao passar por grandes áreas alagadas e será necessário a substituição do óleo do diferencial.