Qual a importância da troca do fluído dos câmbios automáticos

Qual a importância da troca do fluído dos câmbios automáticos

Transmissão: Qual a importância da troca do fluído dos câmbios automáticos. Será que seu cliente sabe que fazer a troca do lubrificante do câmbio automático é uma manutenção essencial para garantir o bom funcionamento e a longevidade do sistema de transmissão do seu veículo? Então, está na hora de mostrar porque esse processo de manutenção é tão necessário.

Em primeiro lugar, muitas pessoas acreditam que esse fluido é vitalício e não precisa de manutenção, e o mecânico pode ajudá-lo a entender que isso não é verdade. É bom lembrar que o lubrificante da transmissão automática é responsável por uma série de funções essenciais para que o conjunto desenvolva seu papel de maneira eficaz e segura, além do que, sua degradação pode comprometer a performance e a durabilidade do sistema.

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Especialistas da Fuchs afirmam que o lubrificante para transmissão possui diversas finalidades que vai além de lubrificar o conjunto do câmbio, como resfriar o conjunto, realizar a limpeza das peças, garantir a pressão correta do sistema, evitar que se formem depósitos de impurezas e borras, bem como proteger as peças contra a oxidação.

É importante frisar ainda que, alinhado ao fato de cada câmbio apresentar uma forma diferente de funcionamento, com temperaturas e componentes internos distintos, os fabricantes desenvolveram lubrificantes específicos destinados para cada tipo de câmbio, com propriedades que cumprem as demandas destas variações de forma eficiente.

Sendo assim, de acordo com Marcelo Martini, gerente de Vendas do Aftermarket da empresa, o desenvolvimento e a validação do fluído de transmissão automática é um processo complexo, com testes específicos que devem ser realizados para validar a performance do lubrificante antes dos testes finais de durabilidade a longo prazo. Todas essas particularidades refletem a importância de um fluído de qualidade para garantir a vida útil e a saúde das transmissões.

Ele explica que isso faz com que a utilização de lubrificantes incorretos ou não aprovados para determinado veículo, pode ocasionar, além de falhas nas trocas automáticas de marcha, o travamento do sistema de transmissão como um todo, resultando em um prejuízo muito maior ao proprietário do que investir na manutenção preventiva e no uso do fluído correto para aquele determinado modelo de câmbio.

Além disso, os lubrificantes para transmissões automáticas possuem uma formulação específica, uma vez que a transmissão conta com exigências maiores, como o controle de temperatura.

Qual a importância da troca do fluído dos câmbios automáticos

Tipos de transmissão automática

De acordo com um levantamento realizado pela Jato, entre todos os veículos automáticos no Brasil, 39,7% contam com câmbio automático, 20,5% são do tipo Câmbio de Transmissão Continuamente Variável (CVT) e 1,9% automatizado.

O tipo de câmbio automático, portanto, varia bastante de país a país, e de montadora a montadora, não havendo um modelo ideal, visto que cada transmissão conta com uma característica diferente que pode ou não agradar ao consumidor.

A engenharia da empresa esclarece que, o câmbio automático convencional, por exemplo, funciona com um conjunto de discos que, alinhado a um conversor de torque, acoplam-se para realizar a passagem das marchas, permitindo trocas suaves de marcha, com a ausência dos “trancos”, além de apresentar uma maior durabilidade em comparação aos outros tipos de transmissão.

Já para aqueles que buscam uma dirigibilidade com apelo esportivo, o sistema de Câmbio Automatizado de dupla embreagem (DCTF ou DSG) é uma boa opção, pois utiliza duas embreagens que substituem o conversor de torque, realizando as trocas de marchas mais rapidamente, mantendo o conforto.

O Câmbio de Transmissão Continuamente Variável (CVT), por sua vez, diferente dos outros modelos, não é composto de engrenagem ou discos. Seu funcionamento é realizado por meio de uma ligação direta entre o motor e os eixos do automóvel e seu principal diferencial é proporcionar maior conforto e melhor autonomia com menor consumo de combustível.

Trocando o fluido

De qualquer maneira, independentemente do tipo de câmbio, o processo de troca do fluído de transmissão automática deve ser realizado de forma zelosa. O procedimento é simples e pode ser feito de forma manual ou com o uso de uma máquina específica para a troca de fluídos, a qual auxilia o reparador especialmente em relação ao tempo e à qualidade da troca.

É preciso se atentar ainda ao período de troca do fluído de transmissão automática, especificado no manual do veículo. Em raros casos em que não há a recomendação, o adequado é realizar a troca a cada 40.000 ou 50.000 quilômetros rodados.

Se o veículo tem uso mais severo, como em engarrafamentos diários e frequentes, o período de troca deve ser menor, a cada 30.000km.

Como atender bem a clientela

Com o aumento da frota de veículos automáticos, a oportunidade de oferecer serviços de qualidade requer capacitação e conhecimento da parte dos mecânicos.

Além disso, preparar o material necessário é fundamental:

– Utilize o fluido de transmissão adequado: verifique o tipo e a quantidade de fluido especificado no manual.

– Ferramentas: jogo de chaves, bandeja de drenagem, funil, panos limpos e chave de torque.

– Filtro e junta novos (se aplicável): fique atento pois alguns modelos requerem a troca do filtro e da junta da transmissão.

Vale lembrar que é imprescindível usar lubrificantes adequados e de boa procedência, com homologações adequadas para cada tipo de câmbio e as mais corretas tecnologias de aditivos para que haja um maior desempenho e vida útil da transmissão, e consequentemente, do veículo por completo.

E por fim, é mandatório fazer o descarte adequado do fluido de transmissão usado de forma ambientalmente correta, e com coleta correta de resíduos automotivos.

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