Honda City traz sofisticação e mecânica ajustada
Muito requinte no sedã da Honda, que traz um motor 1.5 sem o tanquinho de gasolina e o câmbio CVT de sete velocidades
Texto: Carol Vilanova
Fotos: Edinho Paiva
O Honda City está todo renovado. Ganhou novas linhas, novas tecnologias. Ganhou em conforto, modernidade e design. A Honda, com sua tradição e sua religiosidade japonesa faz o que faz com qualidade. E o resultado é esse sedã bonito, arrojado, sofisticado.
A versão que testamos é a EX, bastante equipada, inclusive com câmera de ré. O preço começa em R$ 66.700,00.É nítido a mistura de conforto com tecnologia que o modelo traz. Veja por exemplo, o novo ar condicionado digital, com comandos touch screen.
As mudanças foram profundas, tanto no desenho, quanto no interior do carro e é claro, no conjunto mecânico. Além de motor, câmbio e suspensão ganharam melhorias. O bom é que aquele estilo mais de tiozão deixou lugar para um toque de esportividade incrível. Um toque de dinamismo, por conta das novas linhas do carro.
Por fora, o modelo segue a nova identidade visual da marca, que traz o conceito “Solid Wing Face”, que quer dizer mais ou menos, cara com asa sólida. Isso se dá no conjunto frontal, com grade, faróis e para-choque integrados, é bonito, é elegante e esportivo.
Além disso, é global e atual. Atrás, as lanternas também ficaram mais alongadas, numa forma como se estivesse envolvendo o carro.
Por dentro, o City se destaca pelo espaço amplo que oferece e o conforto da vida a bordo. O acabamento é sofisticado, assim como o nível de tecnologia embarcada. O painel tem detalhes com cromados e em black piano (preto brilhante). Também os instrumentos ficaram mais atuais e requintados com fundo preto e iluminação azul.
Agora o que interessa, o conjunto mecânico, que mudou para valer. Apesar de ser o mesmo, o motor 1.5 i-VTEC FlexOne teve novas calibrações que refletiram diretamente no melhor desempenho e consumo: está mais econômico.
Começando pela tecnologia i-VTEC (Variable Valve Timing and Lift Electronic Control) que faz a abertura das 16 válvulas eletronicamente, ou seja, avança ou retarda o comando conforme solicitado, proporcionando maior curva de torque e potência, o que resulta em maiores respostas em todas as faixas de rotação.
Outras modificações foram o aumento da taxa de compressão e a redução de peso e atrito de componentes, ambos resultando em performance e redução de consumo. O compartimento do motor é de bom tamanho permitindo fácil acesso aos componentes que precisam ser trocados na revisão, que deve ser seguida de acordo com o manual do proprietário.
Some tudo isso coma tecnologia FlexOne, que dispensa o tanque auxiliar de gasolina para partida a frio. Ao invés disso, um conjunto de injetores com aquecedores foram integrados no sistema, aquecendo o etanol em dias frios.
Dessa maneira, o City 2015 é capaz de entregar 116 cv de potência com etanol e 115 cv quando abastecido com gasolina, sempre a 6.000 rpm. Já o torque, alcançado a partir de 4.800 rotações, é de 15,3 kgf.m com uso de etanol e de 15,2 kgf.m com gasolina.
O conjunto de powertrain completado pelo câmbio CVT (Continuously Variable Transmission, ou seja, Transmissão Continuamente Variável) de sete velocidades casa muito bem, proporcionando uma troca de marchas bastante macia e eficaz.
A Honda explica que esse sistema conta com conversor de torque e uma elasticidade de giro maior, o que melhora a tração em baixas velocidades, proporcionando uma resposta mais rápida, aceleração linear e economia de combustível.
As aletas atrás do volante (paddle shift) dão um toque esportivo no modelo, que vem ainda com comandos de rádio e do computador de bordo no volante o modelo, que nunca foi um sedã de entrada, ficou ainda mais imponente.
Um carro muito gostoso de dirigir, ágil na cidade e constante na estrada, confortável e seguro. A direção é do tipo elétrica progressiva, muito agradável e suave ajudando na dirigibilidade. Aliás, suspensão e freios também ganharam alterações.
Na dianteira, o sistema do tipo MacPherson tem nova geometria, recebeu componentes mais leves e um batente hidráulico, que segundo a engenharia da marca serve para reduzir o efeito “rebound” (ricochete), ou seja, evita o impacto da suspensão no final do curso ao sair de uma lombada, por exemplo. Na traseira, foram adotadas buchas hidráulicas e um eixo de torção mais rígido.
FICHA TÉCNICA
Motor 1.5l 16V SOHC i-VTEC FlexOne
Potência 116 (etanol) /116 (gasolina) a 6000 rpm
Torque 15,3 kgfm a 4800 rpm
Transmissão automática do tipo CVT – 7 velocidades
Direção com assistência elétrica progressiva (EPS)
Suspensão dianteira McPherson
Suspensão traseira Barra de torção
Equipamentos
Grade dianteira, maçanetas externas e friso traseiro cromados
Faróis de neblina
Retrovisores externos com luzes indicadoras de direção
Rodas de liga leve aro 16” diamantadas
Retrovisores, travas das portas e vidros elétricos
Direção elétrica EPS
Câmbio CVT com paddle shift
Ar-condicionado digital com comando touchscreen
Sistema multimídia com monitor de 5” e 8 alto-falantes + HFT
Controle de áudio + HFT no volante
Câmera de ré multivisão
Bluetooth
Piloto automático
Chave tipo canivete
Airbags frontais
Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.