Carro elétrico pode atingir 321 km/h e fazer 0 a 100 km/h em 2,9 s

Carro elétrico pode atingir 321 km/h e fazer 0 a 100 km/h em 2,9 s

Na Coluna Mecânico Online dessa semana: Carro elétrico pode atingir 321 km/h e fazer 0 a 100 km/h em apenas 2,9 segundos. O sábado, 25 de março de 2023, entra para a história do automobilismo como o dia da primeira corrida de veículos elétricos no Brasil, a Fórmula E, competição que tem aval da Federação Internacional de Automobilismo – FIA, no mesmo nível da Fórmula 1, mas unicamente com veículos monopostos elétricos, fez sua estreia em São Paulo.

Carro elétrico pode atingir 321 km/h e fazer 0 a 100 km/h em 2,9 s

Atendendo convite da Nissan do Brasil, fui conhecer de perto o E-Prix de São Paulo – nome da competição, que utilizou um circuito de rua passando pela passarela do complexo do Sambódromo do Anhembi, desfilando na velocidade de 270 km/h e com um som característico de veículo elétrico – que mais parece um aspirador de pó, ou mesmo a passagem da composição do metrô, bem diferente dos sambas, comum na região, que só apareceu após a celebração do pódio, quando a Escola Águia de Ouro tomou conta da avenida e colocou pilotos, equipes e torcedores para sambar.

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Diante de 23.000 fãs apaixonados, a Jaguar TCS Racing com seu piloto Mitch Evans, conquistou sua primeira vitória da temporada. A segunda posição ficou com Nick Cassidy, piloto da Envision Racing e completando o pódio, Sam Bird, que também marcou a volta mais rápida da corrida.

Mas sabe o que isso significa? Dessa vez a resposta será bem diferente do nada.

A Fórmula E vai além de ser uma simples competição, o campeonato é um laboratório para o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções aos automóveis movidos a bateria e que já circulam nas ruas. Digo mais, é um caminho de mão dupla, pois os carros elétricos atuais também servem para aprimorar os de competição.

A evolução dentro da própria competição também é perceptível. Nessa temporada temos a terceira geração dos modelos. “Atualmente, os carros da Fórmula E têm dois motores, um em cada eixo, o que ajuda a melhorar o equilíbrio, a aderência no solo e, consequentemente, a segurança. Com um motor só, o comportamento do carro era mais limitado”, afirma Francisco Medina, gerente de veículos elétricos da Nissan América do Sul.

Desde 2014, quando a Fórmula E realizou sua primeira temporada, a evolução é constante no carro elétrico. Um exemplo é a regeneração da energia durante a frenagem, quando o piloto pisa no freio e o motor elétrico atua como gerador, recuperando energia para a bateria, situação comum nas freadas ao aproximar das curvas. Cerca de 40% da energia consumida durante cada etapa é proveniente da frenagem regenerativa, um aumento de 25% em comparação com os carros da geração anterior.

Outro aspecto importante é o investimento da indústria automotiva no desenvolvimento de baterias em estado sólido, que podem acumular três vezes mais energia e reduzem o tempo da recarga.

“É possível que esse tipo de bateria seja inserido nos automóveis de rua a partir de 2028, com testes sendo feitos na Fórmula E”, revela Medina.

Os carros Gen3 – Terceira geração – possuem 600 kW de potência total entre o novo motor de tração no eixo traseiro que gera 350 kW e o motor padrão dianteiro, que gera 250 kW.

Entregando 40% a mais de potência que o Gen2 e velocidade máxima superior a 321 km/h, os novos carros são mais leves e menores e precisam de apenas 2,9 segundos para sair da inércia e chegar nos 100 km/h. As baterias serão recicladas no fim da vida útil.

Os carros Gen3 são 60 kg mais leves do que os de Gen2, principalmente devido à retirada dos freios traseiros hidráulicos traseiros, devido à inclusão do motor dianteiro e a capacidade regenerativa e também pelo menor tamanho da bateria.

Como parte da meta de atingir a neutralidade de carbono e dos esforços de sustentabilidade da Fórmula E, os carros Gen3 contam com baterias recicláveis, fibra de carbono reciclada dos carros Gen2, borracha natural e fibras recicladas nos novos pneus Hankook.

Um motor elétrico entrega até 350 kW de potência (476 cv), sendo capaz de atingir uma velocidade máxima superior aos 320 km/h, com uma relação peso-potência duas vezes mais eficiente em comparação com um motor a combustão interna com potência similar.

A Temporada 9 (2022/2023) está sendo marcada pela quinta participação da Nissan na Fórmula E, uma nova era para a fabricante japonesa, pois está competindo pela primeira vez com sua escuderia 100% própria como Equipe Nissan de Fórmula E.

O novo e impactante visual do carro NISSAN e-4ORCE 04 remete às cerejeiras em flor, destacando e comemorando uma nova era não apenas para o campeonato, mas também para a própria equipe.

A Nissan é uma das líderes mundiais em projetos e produção de veículos 100% elétricos.

Com mais de 600 mil unidades do Nissan LEAF comercializadas desde que o modelo estreou, em 2010, a Nissan tem utilizado sua experiência acumulada em veículos elétricos para desenvolver seus carros de Fórmula E.

Consequentemente, as lições aprendidas nas pistas contribuem para o desenvolvimento das próximas gerações de veículos elétricos da fabricante japonesa.

A Nissan está competindo neste campeonato mundial 100% elétrico para levar a emoção e a diversão dos veículos elétricos de emissão zero a uma plateia global.

Como parte de sua meta de atingir a neutralidade de carbono em todas suas operações e no ciclo de vida de seus produtos até 2050, a Nissan pretende eletrificar todos os novos veículos comercializados até o início da década de 2030, nos principais mercados.

A fabricante japonesa pretende usar sua expertise na transferência de know-how e tecnologia entre as pistas e as ruas, para oferecer veículos elétricos ainda melhores aos seus clientes.

Trazendo para a nossa realidade, a Nissan estima que os proprietários do seu modelo 100% elétrico, LEAF, já percorreram um total acumulado de aproximadamente 16 bilhões de quilômetros com seus carros em todo o mundo, evitando que mais de 2,5 bilhões de quilos de emissões de CO2 entrassem na atmosfera.

István Kapitány, Vice-Presidente Executivo Mundial da Divisão Shell Mobility, comentou: “Por meio da nossa parceria com a Nissan na Fórmula E, estamos utilizando a experiência adquirida nas pistas para criar melhores produtos e serviços para os nossos clientes de veículos elétricos de produção em série. A Fórmula E é um importante campo de testes para o desenvolvimento e produção de produtos energéticos mais limpos, como Shell Recharge, Shell E-fluids e outros novos produtos energéticos”.

Tommaso Volpe, gerente-geral da equipe Nissan, destaca os dois pilares fundamentais para as marcas participarem da Fórmula E: “transformação em empresas de tecnologia que produzem carros elétricos e a busca pela neutralidade de carbono em todas as suas operações. A Fórmula E possui conexão direta com esse objetivo. Afinal, temos mais a aprender com carros elétricos do que com os de motor a combustão”, conclui.

“É estimulante saber que as tecnologias dos carros de corrida movidos a bateria estejam em constante evolução”, ressalta Francisco Medina. “Por isso, os automóveis de rua elétricos vão replicar essas mudanças, ficando cada vez mais equipados, equilibrados e seguros”.

Carro elétrico pode atingir 321 km/h e fazer 0 a 100 km/h em 2,9 s

MECÂNICA ONLINE

Das pistas para as ruas, a Nissan já utiliza em seu crossover elétrico Ariya um sistema de gerenciamento dos motores elétricos semelhante ao utilizado nos carros da Fórmula E.

Cinco milhões de motores fabricados pela Renault do Brasil no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. Do total, 64% equiparam veículos comercializados no país, enquanto 36% atenderam ao mercado externo, sendo exportados para países da Europa e América Latina.

Banco Mercedes-Benz do Brasil atinge R$ 19,454 bilhões em carteira e faz de 2022 o melhor ano de sua história. A instituição financeira obteve crescimento de 35% em carteira em relação a 2021, atingindo o maior recorde desde que foi fundada, há 27 anos. O financiamento de caminhões foi o destaque no volume de novos negócios, com 64,4% dos contratos feitos em 2022. Foram financiados 9.823 caminhões e liberados R$ 4,882 bilhões, que representam crescimento de 63% em relação a 2021.

Coluna Mecânica Online traz o assunto: Biocombustível brasileiro é opção para descarbonização automotiva. “A contribuição da cadeia automobilística
Tarcisio Dias é profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista, idealizador do site Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) e colunista da Revista Oficina News

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