A Chevrolet S10 acaba de se tornar a primeira picape a oferecer opção de motor flex equipado com injeção direta de combustível, que possibilita eliminar o sistema auxiliar de partida a frio, popularmente conhecido como tanquinho. Com a nova tecnologia, o combustível é injetado com altíssima pressão diretamente na câmara de combustão e, com a compressão, o ar lá dentro se aquece e vaporiza o etanol e a gasolina. Para garantir eficiência neste processo, a picape possui duas bombas de combustível: uma no tanque e outra no cabeçote.
Com quatro cilindros e comando de válvulas continuamente variável, o inédito propulsor 2.5 ECOTEC entrega até 206 cv e 27,3 kgfm de torque quando abastecido com etanol. A potência é recorde para um modelo da categoria, superando até mesmo rivais V6. Principal novidade da linha 2015, o novo motor Chevrolet substitui, nas versões intermediária (LT) e de luxo (LTZ), o 2.4 Flexpower, de 147 cv de potência, que permanecerá apenas na versão de entrada (LS), e não sofre mudanças.
A S10 mantém ainda a opção 2.8 Turbodiesel, que, no ano passado, teve a potência aumentada para 200 cv, após atualizações mecânicas. Identificado pela sigla SIDI (Spark Ignition Direct Injection) na tampa traseira, o propulsor 2.5 ECOTEC ainda estreia nas versões intermediárias (LT) e topo de linha (LTZ) com transmissão manual de seis marchas, opção de tração 4×4 com reduzida de acionamento eletrônico e controle eletrônico de estabilidade, itens até então exclusivos da versão a diesel.
O moderno 2.5 ECOTEC ainda trabalha com composição de bloco em alumínio com camisa em ferro fundido nodular, eixo balanceador, pistões em alumínio com pino flutuante e resfriamento por jatos de óleo, além de bomba de óleo variável e controle eletrônico da temperatura do motor. O duplo comando de válvulas continuamente variável muda o tempo de abertura e fechamento das válvulas, e aumenta o torque e a potência conforme a necessidade do motorista, otimizando o consumo de combustível e reduzindo as emissões. Já o eixo balanceador, por girar em sincronismo com o eixo virabrequim, produz uma vibração de mesma intensidade, porém em sentido oposto, praticamente anulando as vibrações produzidas pelo conjunto propulsor.
A tecnologia modifica as características do motor, podendo ser comparado a motores de maior número de cilindros, como o V6. Os pistões em alumínio com pino flutuante oferecem menor atrito, o que resulta em maior eficiência energética (propósito também da bomba de óleo de vazão variável com dois estágios), enquanto o controle eletrônico da válvula de arrefecimento do motor permite maior precisão no controle da temperatura, otimizando a eficiência energética.
Outra importante evolução do carro foi o trabalho de recalibração da suspensão dianteira e traseira, com o intuito de deixar o conjunto mais rígido, e a direção mais direta. Uma das mudanças promovidas está nas buchas, que passaram a ter maior rigidez. O resultado é um veículo mais estável em trechos urbanos e ainda confortável em pisos irregulares.
A lista de equipamento de série da versão LTZ também cresceu, com destaque para o Assistente de Partida em Rampas (Hill Start Assist), que não permite que o veículo recue em saídas íngremes, e o Assistente de Descida (Hill Descend Control), que controla a velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do motorista. Completa a relação os controles eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ECS) e o controle de balanço de reboque (TSC), que aciona automaticamente os freios e reduz o torque do motor, caso seja detectado alteração da trajetória do trailer, por exemplo.
Com estas reconfigurações, a picape Chevrolet amplia suas variações na linha 2015, com duas opções de carroceria (simples e dupla), duas de tração (4×2 e 4×4), três de transmissão (manual de 5 ou de 6 e automática de 6 marchas), três de acabamento (LS, LT e LTZ) e três de motorização (2.4 flex, 2.5 flex SIDI e 2.8 Turbodiesel), totalizando 14 pacotes. Mesmo na versão de entrada LS cabine simples, com 1.031 kg de capacidade de carga e foco no trabalho, o motorista conta com itens como ar-condicionado, computador de bordo, freios ABS e airbag duplo. Esse acabamento também está disponível com cabine dupla, nas configurações 2.4 flex ou 2.8 Turbodiesel, com tração 4×2 e 4×4. Já a versão intermediária LT aparece apenas com carroceria de cabine dupla e transmissão de seis marchas (manual ou automática).
Os propulsores são o novo 2.5 ECOTEC flex e 2.8 Turbodiesel, ambos com opção de tração 4×2 ou 4×4. Conjunto elétrico de travas e vidros, piloto automático, sistema multimídia Chevrolet MyLink, coluna de direção regulável em altura e rodas de liga leve são itens adicionais de série. Com as mesmas configurações mecânicas, a versão LTZ surpreende pela sofisticação. Soma ainda faróis tipo projetor, lanterna de LED, rodas aro 17, sensor de estacionamento, navegador por GPS, bancos em couro, volante multifuncional, rack de teto, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em aclives e controle de velocidade de declives, entre outros.
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.