Emplacamentos de veículos apresentam alta acumulada em 2018

Vendas de veículos acumulam uma alta de 12,81% até julho

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os Emplacamentos de veículos apresentam alta acumulada em 2018, somando 3.653.500 unidades, ante as 3.216.730 registradas em 2017.

Em dezembro, o setor manteve o ritmo de retomada nas vendas de todos os segmentos somados, e registrou alta de 3,36% ante novembro, totalizando 331.153 emplacamentos, contra 320.397 unidades no mês anterior. Já com relação a dezembro de 2017, quando foram licenciadas 301.240 unidades, houve crescimento de 9,93%.

Para o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, o fechamento do ano de 2018 superou as primeiras expectativas da entidade. “Iniciamos 2018 com uma expectativa de alta mais moderada, porém, em função da melhora, mais acentuada, da economia e da confiança do consumidor e investidores, ao longo do ano, o desempenho do setor automotivo foi maior do que o esperado. Mesmo com acontecimentos negativos, como a greve dos caminhoneiros, em maio, e a indefinição política – no período pré-eleitoral, o mercado continuou em ritmo de alta”, argumentou Assumpção Júnior.

O Presidente da FENABRAVE comentou, ainda, que o mercado reagiu, positivamente, ao resultado das eleições. “Os índices de confiança e de expectativas, tanto dos consumidores como dos empresários, refletiram otimismo com a apuração das urnas”, destacou Assumpção Júnior.

Conforme os dados apresentados pela FENABRAVE, a soma dos segmentos de automóveis e comerciais leves apresentaram crescimento de 13,74% no acumulado de 2018 sobre 2017. Ao todo, foram emplacadas 2.470.654 unidades desses segmentos, em 2018, contra 2.172.192, em 2017.

Já no mês de dezembro de 2018, as 225.001 unidades licenciadas representaram crescimento de 1,67%, se comparadas ao mês de novembro, que registrou 221.304 unidades emplacadas.

Com relação a dezembro de 2017, os 204.823 automóveis e comerciais leves comercializados representaram avanço de 9,85%.

Segundo o Presidente da FENABRAVE, alguns fatores influenciaram, diretamente, no resultado desse mercado: “A queda da taxa de juros e a melhora da inadimplência geraram uma maior oferta de crédito, impulsionando, assim, a venda de automóveis e comerciais leves”, explicou Assumpção Júnior.

Para o segmento de caminhões, o Vice-Presidente da FENABRAVE para o segmento, Sérgio Zonta, avaliou, positivamente, o fechamento do ano de 2018, que totalizou 76.431 unidades emplacadas, o que significa uma alta de 46,79% sobre o ano de 2017. Em que pese uma base comparativa baixa, em função da forte retração desse segmento durante a crise econômica, Zonta comentou que “os fatores que impactaram o resultado final de caminhões foram a expectativa de crescimento do PIB, que veio se consolidando ao longo do ano, a queda acentuada na inadimplência do setor, o aumento expressivo da participação dos bancos, tanto os privados como os de Montadoras, nos financiamentos, o crescimento dos índices de confiança dos frotistas e transportadores, além da formação de frota própria, observada junto às empresas, como conseqüência da greve dos caminhoneiros”.

Para o segmento de motocicletas, o Vice-Presidente da FENABRAVE para o segmento, Carlos Porto, disse que após os últimos 10 anos de queda do segmento de motos, 2018 foi o ano da retomada, com crescimento de 10,47% no acumulado até dezembro, totalizando 940.362 unidades emplacadas. “A queda da inadimplência trouxe, como conseqüência, uma maior oferta de crédito e o aumento de aprovação de fichas cadastrais para financiamentos de motocicletas, principalmente, de baixa cilindrada, que representam a maior fatia do mercado. Aliado a isso, a participação do Consórcio continua significativa no segmento, representando mais de 30% sobre os créditos concedidos ao segmento”, comemorou Porto.

Os setores de Tratores e Colheitadeiras também apresentaram avanço em 2018. Segundo o Vice-Presidente da FENABRAVE para o segmento, Marcelo Nogueira, estes segmentos vêm, nos últimos anos, apresentando uma melhora gradativa e consistente, mesmo nos anos de crise. “2018 foi um ano igualmente positivo, em função da safra de grãos, com boa liquidez, embalada pela valorização do dólar, pela quebra da safra na Argentina e pela influência da disputa comercial entre China e EUA”, declarou Nogueira, complementando que a baixa inadimplência dos segmentos, aliada à participação crescente do Sistema de Consórcio, também foram fatores que impulsionaram o resultado de tratores, máquinas agrícolas e colheitadeiras.

Para Nogueira, o destaque ficou por conta dos produtos com alta tecnologia embarcada, como agricultura de precisão e conectividade, pontos que trazem redução de custos e aumento contínuo de produtividade”, concluiu.

Com expectativas ainda moderadas, a FENABRAVE acredita na manutenção do clima favorável às vendas, para todos os segmentos automotivos, em 2019. De acordo com as projeções da entidade, o Setor em geral deverá apresentar crescimento de 10,1% com relação a 2018. “Tudo dependerá dos rumos a serem dados pelo novo Governo de Jair Bolsonaro, como a aprovação das reformas necessárias, mas, a sinalização, nesses primeiros dias do ano, já se mostra positiva, com uma agenda de intenso trabalho, proposta para os primeiros 100 dias”, declarou Alarico Assumpção Júnior.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa da FENABRAVE é de alta de 11% sobre os resultados de 2018.

Já para caminhões e ônibus, a FENABRAVE projeta crescimento de 15,9 %, sendo 15,4% para caminhões e 17,9% para ônibus.

Para implementos rodoviários, a expectativa é crescer 8,8% em 2019.

O segmento de motocicletas, que vinha sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, e encerrou 2018 com aumento de 10,47%, poderá apresentar alta estimada em 7,3% em 2019.

Para tratores, a previsão é de alta de 1,15% e, para colheitadeiras, a estimativa de crescimento é de 1,85%.

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