Inspecionar as velas pode revelar sinais de problemas no motor

Inspecionar as velas pode revelar cinco sinais de problemas no motor

Segundo a especialista NGK, inspecionar as velas pode revelar cinco sinais de problemas no motor. Para isso a companhia lista os principais indicativos de mau funcionamento das velas de ignição e as consequências que a falta de inspeção deste item pode causar em outros componentes do veículo.

Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK Brasil, multinacional japonesa especialista em sistemas de ignição, apresenta dicas para os motoristas ficarem atentos a possíveis problemas no motor de seu veículo, enfatizando as principais consequências que a falta de inspeção das velas pode causar em outros componentes do motor.

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5 principais sinais que indicam mau funcionamento das velas de ignição:

– O tempo que o motor demora para pegar fica maior, ou seja, o tempo de partida. Além do incômodo gerado pelo fato de perdemos mais tempo para podermos sair com o veículo. O aumento no tempo de partida força os componentes como motor de arranque (peça que gira o motor na partida) e a bateria, reduzindo a vida útil destes componentes e aumentando o custo com a manutenção do veículo.

– Aumento considerável do consumo de combustível, parte do combustível que é injetado não é queimado no motor, sendo necessária a injeção de mais combustível para manter o rendimento.

– Marcha lenta irregular, devido às falhas de ignição.

– Falha no funcionamento do veículo, principalmente em condições de aceleração e retomadas de velocidade.

– Elevação dos níveis de emissões de poluentes ambientais – a medição é realizada por meio de uma análise dos gases de escape com equipamento específico. Estes limites são estipulados pelo Proconve (programa de controle de emissões veiculares).

6 principais consequências que a falta de inspeção das velas de ignição pode causar em outros componentes do veículo:

– Uso de combustível de má qualidade, que normalmente gera acúmulo de resíduos nas velas de ignição. Através da inspeção das velas podemos identificar estes resíduos.

– Infiltração de água na câmara de combustão, que ocasiona sinais de oxidação nas velas. Esse cenário pode causar problemas que afetam diretamente a eficiência do sistema de arrefecimento, podendo levar a falhas de superaquecimento do motor, que se agravam com o tempo.

– Encharcamento das velas de ignição, que é facilmente identificado pela coloração do isolador cerâmico (ponta de cerâmica) da vela caso o dono do veículo esteja utilizando como combustível a gasolina. Quando a preferência é pelo etanol, sua identificação é mais difícil. Neste caso, pode indicar um problema de falta de estanqueidade dos injetores de combustível.

– Resíduo ou encharcamento de óleo, que indica um problema de vazamento do óleo lubrificante para a câmara de combustão, gerando resíduos na câmara de combustão, que podem levar a falhas graves no motor como pré-ignição. Normalmente são provocadas por excesso de desgaste e folgas fora do especificado.

– Acúmulo de carbono nas velas de ignição, que aponta uma mistura muito rica de ar e combustível, levando ao consumo elevado de combustível ou óleo lubrificante. Normalmente indicam um problema no sistema de injeção de combustível.

– Falhas de ignição, que podem provocar danos ao catalisador do veículo – peça com custo elevado para troca que trabalha em temperaturas muito elevadas. Quando o combustível não é queimado no motor, ele sai pelo coletor de escapamento e encontra a peça aquecida, acima de 400°C de temperatura, que é sua temperatura normal de trabalho. Podendo queimar esse combustível em seu interior e levar a danos na peça.

“As velas de ignição são componentes de desgaste natural, o que significa que elas se desgastam com o uso do motor. As montadoras de veículos indicam em seus manuais o período de troca das velas de ignição. Caso o cliente não faça a manutenção recomendada, o desgaste das velas provoca o arredondamento dos eletrodos e aumento da folga, o que eleva a tensão para o centelhamento, podendo provocar danos em cabos de ignição e bobinas e, em alguns casos, danificar também o módulo de injeção (Centralina ou ECU),” afirma Hiromori.

Nesses casos, um mecânico experiente pode identificar facilmente tanto um eventual problema nas velas de ignição – apenas com uma inspeção visual do item – quanto a condição de queima na câmara de combustão. Por isso, a NGK recomenda que o cliente leve o seu veículo ao mecânico e peça para ele examinar as velas de ignição uma vez por ano ou a cada 10 mil quilômetros.

“As velas de ignição podem e devem ser inspecionadas constantemente por profissionais qualificados e de confiança. Caso o motorista necessite de um auxílio extra, em nosso SAC ele encontrará uma equipe técnica especializada para fornecer total apoio”, finaliza Mori.

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