Versão Sport é equipada com motor 1.8 E-Torq Flex e tem como destaque o visual aventureiro e robusto, além de preço acessível
Fotos: Edinho Paiva
O Jeep Renegade agora é nacional. Bom, isso todo mundo sabe, afinal, a marca investe pesado em propaganda na TV para enfatizar esse precioso detalhe. O que não passa na TV é que o modelo, além de ser brasileiro, moderno e aventureiro, está numa faixa de preço bastante acessível para a sua proposta.
Eleito para inaugurar o Polo Automotivo Jeep, em Goiana, PE, onde está a moderna fábrica do grupo FCA – Fiat Chrysler Automobiles, é o primeiro de uma série de modelos que prometem chegar com a fusão das gigantes americana e italiana.
O carro tem um charme diferenciado, há quem o acha até desprovido de beleza, mas o fato é que ele é diferente de tudo que tínhamos em matéria de SUV aqui no Brasil. E chegou num momento em que mercado está com inúmeras opções: Honda HRV, Peugeot 2008, Chevrolet Tracker e os donos do pedaço: Ford EcoSport e Renault Duster.
O modelo testado foi o Sport 1.8 Flex, com câmbio manual de cinco velocidades. Partindo do design, é notória a robustez e o ar aventureiro desse SUV compacto, que nessa versão 4×2 é perfeito pra rodar na cidade. Traços modernos, que segundo a Jeep, remetem ao porte do Wrangler, com a grade frontal bem definida pelo DNA da marca. Um destaque do modelo é a lanterna traseira, que faz um “x” quando aciona o freio. O amplo teto solar também tem seu charme.
O trem de força é puxado pela FTP Powetrain, divisão de motores e câmbios da Fiat, e conta com o E-Torq 1.8 Flex, o mesmo que equipa vários modelos da marca italiana, mas com melhoramentos que o deixaram, no mínimo, menos gastão. A eficiência que ganhou foi conta de um cabeçote totalmente novo.
A engenharia afirma que outros componentes que foram aprimorados, são eles: os pistoes, a câmara de combustão, novos coletores de admissão e escape, válvulas maiores, velas de ignição menores, além do variador de fase no comando de válvulas. Dessa maneira foi possível obter um aumento da taxa de compressão do motor (de 11,2:1 para 12,5:1), e uma curva de torque muito mais plana, com 82% já está disponível a 1.500 giros.
Os valores são 132 cv de potência, gerados com o tanque cheio de etanol e 130 cv quando abastecido com gasolina. Já o torque subiu para 19,1 kgfm com apenas 3.750 rorações. Na prática, um motor muito favorecido quando pega velocidade.
Para acompanhar o propulsor, uma caixa de câmbio manual de cinco velocidades à frente e uma à ré. Bastante preciso e bem ajustado, como deveria de ser, fácil de engatar e bem suave. Gostoso de dirigir, é equipado com direção elétrica, que permite manobras bastante fáceis. É um veículo estável, que passa ao motorista tanto segurança quanto agilidade, em casos de estrada e também, mas ruas da cidade.
A suspensão do veículo é formada pelo conjunto McPherson, barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal. Os freios são a disco ventilados com ABS e EBD, distribuição eletrônica de frenagem.
Por dentro, a vida a bordo é agradável, com materiais de primeira linha, painel com design aventureiro e detalhes rústicos. Lembra daquele “X” nas lanternas, então, eles estão também em vários pontos interior do carro, como nos porta-copos no console central. O sistema multimídia Uconnect Touch tem tela de 5 ou 6,5 polegadas, com conexão Bluetooth, comandos de voz, navegação GPS, entre muitos outros recursos.
A Jeep garante que o custo-benefício do Jeep Renegade 2016 é um dos destaques, com plano de revisões até 60 mil km, sendo a cada 12 mil km (ou 12 meses), até 72 mil km, para os modelos com motor 1.8 bicombustível. O preço desse belo SUV, que ganhou vários prêmios da imprensa especializada, começa em R$ 71.900.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
Número de cilindros | 4 em linha |
Posição | Transversal anterior |
Cilindrada total | 1.747,0 cm³ |
Diâmetro x Curso | 80,5 x 85,8 mm |
Taxa de compressão | 12,5:1 |
Gasolina E22 – Potência máxima ABNT | 130 cv a 5.250 rpm |
Gasolina E22 – Torque máximo ABNT | 18,6 kgfm a 3.750 rpm |
Etanol 100% – Potência máxima ABNT | 132 cv a 5.250 rpm |
Etanol 100% – Torque máximo ABNT | 19,1 kgfm a 3.750 rpm |
Número de válvulas por cilindro | 4 no cabeçote |
IGNIÇÃO
Tipo | Eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção |
Fabricante | Magneti Marelli – 10GF |
Alimentação | Injeção eletrônica – MARELLI, multiponto, sequencial indireta |
TRANSMISSÃO
Tração | Dianteira com juntas homocinéticas |
Número de marchas | 5 à frente e uma à ré |
Relações de marcha | 1ª 4,273 / 2ª 2,316 / 3ª 1,520 / 4ª 1,156 / 5ª 0,872/ Ré 3,909 |
Diferencial | Posição: incorporado a caixa de câmbio |
Grupo de redução | Coroa e pinhão com dentes cilíndricos helicoidais. |
Relação de redução (Final) | 4,200 |
FREIOS
Comando | Hidráulico c/ comando a pedal e ABS/ESC de série |
Sistema – Rodas Anteriores | Disco ventilado, com pinça flutuante e um cilindro de comando para cada roda. |
Diâmetro x espessura do disco – Rodas Anteriores | 305 x 28 mm |
Sistema – Rodas Posteriores | A disco sólido, com pinça flutuante e um cilindro de comando para cada roda |
Diâmetro x espessura do disco – Rodas Posteriores | 278 x 12 mm |
Corretora de Frenagem | Corretora eletrônica |
freio de estacionamento | Comando elétrico com atuação nas rodas posteriores através de motor nas pinças de freio |
DIREÇÃO
Sistema | Com pinhão e cremalheira com assistência elétrica |
Coluna de direção | Articulada com juntas universais com regulagem de altura e profundidade |
Diâmetro mínimo de giro | 10,84 m |
SUSPENSÕES
Dianteira – Tipo | McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora. |
Dianteira – Amortecedores | Hidráulicos e pressurizados |
Dianteira – Elemento elástico | Mola helicoidal |
Traseira – Tipo | McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora. |
Traseira – Amortecedores | Hidráulicos e pressurizados |
Traseira – Elemento elástico | Mola helicoidal |
RODAS
Pneus |
215/65 R16 |
Aro | 7,0Jx17″ – Liga de alumínio |
ANGULOS / ALTURA LIVRE
Ângulo de ataque | 21,1° |
Ângulo de saída | 30° |
Ângulo de Rampa | 22,3° |
Altura livre do solo entre os eixos | 209 mm |
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.