A fabricante de sistemas e componentes automotivos Magneti Marelli celebra 15 anos do desenvolvimento do SFS® (Software Flexfuel Sensor), que gerencia a queima do álcool, da gasolina ou de qualquer proporção de mistura entre os dois combustíveis no motor. O software fez sua estreia em 2003, ao equipar o Volkswagen Gol.
Segundo a Magneti Marelli, a tecnologia já equipa mais de 12 milhões de automóveis fabricados no Brasil. Atualmente, a empresa fornece seus sistema para as montadoras CAOA Chery, FCA, Mitsubishi e Volkswagen.
A empresa afirma que, durante esses anos, a Magneti Marelli promoveu aperfeiçoamentos importantes em seu sistema, principalmente em termos de software. Foram atualizações tecnológicas para atender desde as constantes alterações nas normas de emissões, a chegada de modelos mais eficientes, como o de três cilindros, que exige um software com capacidade aumentada para calcular informações mais sofisticadas, até o desenvolvimento e lançamento do sistema de partida a frio que dispensa o “tanquinho de gasolina”.
“O sistema SFS® foi um grande acerto porque deixa o consumidor livre para escolher qual tipo de combustível deseja usar e veio para ficar, principalmente porque se adapta perfeitamente às novas matrizes energéticas, como os veículos híbridos”, explica Gino Montanari, diretor de P&D da Magneti Marelli Powertrain e Sistemas Eletrônicos.
De acordo com a companhia, além de ser um sistema bem recebido no Brasil, o flexfuel também desperta cada vez mais interesse em outros mercados. “Nos últimos anos, o volume de exportações do SFS® aumentou significativamente para vários países da América do Sul, entre eles Argentina e Paraguai”, complementa Montanari.
O SFS® é um programa de computador inserido na Unidade de Controle Eletrônico que gerencia o sistema de injeção de combustível. Ele identifica e quantifica a mistura entre álcool e gasolina do tanque, utilizando informações recebidas de sensores instalados em pontos estratégicos do sistema, entre eles a sonda lambda, localizada no escapamento, sensores de detonação, rotação, velocidade e temperatura.
A partir das informações provenientes desses sensores, o programa determina a quantidade de combustível que será injetada no motor e, também, o instante da faísca produzida pela vela de ignição para efetuar a queima da mistura ar-combustível – os sistemas bicombustíveis existentes em outros países exigem a inclusão de um sensor físico de alto custo para fazer este tipo de análise, algo desnecessário no caso do SFS®.
Para o consumidor, a principal vantagem do sistema flexfuel é poder escolher o combustível com melhor relação custo benefício ou com menor índice de emissões poluentes, já que estudos apontam que a utilização do combustível derivado do petróleo tem ocasionado problemas ao meio ambiente, devido à alta emissão de CO2(dióxido de carbono). O combustível vegetal tem uma queima mais completa, reduzindo a quantidade de poluentes na atmosfera.