Ecaterina Grigulevitch, gerente de marketing da Monroe fala sobre a história da empresa no Brasil e da importante parceria com os reparadores
Oficina News: A Monroe é uma empresa americana, quando e como a empresa chegou no Brasil? Conte um pouco dessa história…
Ecaterina Grigulevitch: A Monroe é uma multinacional de origem norte-americana com presença global e possui uma história de muito sucesso, marcada pelo pioneirismo e inúmeras inovações tecnológicas. A empresa surgiu em 1916 com a marca Brisk Blast Company, na cidade de Monroe, Estados Unidos. Em pouco tempo, tornou-se líder na produção de bombas de pneu e, observando as necessidades do mercado, começou a utilizar essa mesma tecnologia para suavizar o movimento da suspensão, melhorando a direção e o conforto do veículo.
Em 1926, a Monroe lançou o primeiro amortecedor do mercado. Em 1964, inaugurou a primeira fábrica na Europa, na Bélgica. Dez anos depois, entrou no mercado brasileiro e, em 1977, tornou-se parte da Tenneco Automotive, que também é detentora das marcas Monroe Axios e Walker, hoje Tenneco Sistemas de Exaustão.
A Monroe desenvolveu diversas inovações tecnológicas no amortecedor e em seus componentes ao longo de sua história, o que faz da empresa a principal referência de qualidade nos mercados brasileiro e mundial.
ON: Em abril a Monroe completou 40 anos instalada no Brasil, e agora em outubro a Monroe Axios comemorou 55 anos de atividades aqui. Qual a diferença entre as marcas?
Ecaterina: Ambas as marcas fazem parte do Grupo Tenneco Automotive. A Monroe, fabricante de amortecedor, foi adquirida pelo Grupo em 1977. Já a Monroe Axios, que desenvolve componentes para suspensão e peças de metal-borracha, foi obtida em 1970 pela Clevite, que foi comprada pela Tenneco em 1996, passando a se chamar Monroe Axios. Todas as empresas do Grupo seguem os processos e padrões industriais do Grupo, que preza pela excelência.
ON: O que vocês fizeram para comemorar?
Ecaterina: Nós reunimos clientes, parceiros e imprensa automotiva para uma comemoração especial no charmoso Bar des Arts, em São Paulo. Na ocasião, os convidados puderam conferir um pouco mais da história de quatro décadas da Monroe, pioneira e líder mundial em amortecedores automotivos, além de projeções de investimentos constantes no País e novas campanhas de Marketing.
ON: Quais produtos são fabricados na fábrica de Mogi Mirim e qual a capacidade de produção? E na fábrica de Cotia?
Ecaterina: A fábrica de Mogi Mirim tem capacidade para produzir 6 milhões de amortecedores por ano sob a marca Monroe, incluindo projetos de montadoras, que também é um segmento liderado pela empresa. A planta de Cotia, desenvolve componentes para o conjunto da suspensão que equipa os veículos das maiores montadoras do País e, produtos que atendem ao mercado de reposição como buchas, coxins para motor e câmbio, além de peças técnicas de metal-borracha. A Monroe Axios tem capacidade produtiva de 44 milhões de unidades por ano.
ON: De toda produção, quanto é destinado para aftermarket? Qual a importância desse mercado para a marca?
Ecaterina: O setor de reposição é extremamente importante e estratégico para os negócios da Monroe, que tem participação de aproximadamente 30% no aftermarket local. A exemplo do que realiza em todo o mundo, a empresa entrega para o aftermarket, o mesmo produto que entrega no Original.
ON: A mesma peça produzida para o mercado original é a mesma vendida no mercado de reposição, com os mesmos controles de qualidade das originais?
Ecaterina: Sim. Conforme mencionado anteriormente, a Monroe entrega para a reposição exatamente o mesmo produto que fornece para o Original. Essa é uma prática realizada em todos os países onde a empresa está presente, garantindo o maior nível de qualidade para o dono do carro quanto para o reparador automotivo.
ON: A Monroe está também no mercado de veículos pesados e duas rodas? Quais produtos são produzidos para esses veículos?
Ecaterina: A Monroe é líder mundial no desenvolvimento de amortecedores para condutores de transporte pesado.
ON: Quais os produtos mais vendidos entre as oficinas no mercado de reposição?
Ecaterina: A demanda do setor de autopeças varia muito e está diretamente ligada à frota circulante no País.
ON: Como a marca vê o mecânico independente? Quais ações são realizadas para estreitar esse relacionamento?
Ecaterina: A Monroe enxerga o mecânico como um parceiro extremamente importante e estratégico para o sucesso dos negócios da empresa. É um profissional com profundo conhecimento técnico, influenciando o cliente no momento da compra ou troca do componente.
Para dar suporte ao profissional, nós disponibilizamos o Portal do Amortecedor – www.portaldoamortecedor.com.br – onde é possível saber qual tipo de amortecedor utilizar, consultar preços, ofertas e endereço da revenda mais próxima. Também oferecemos o atendimento via chat pelo www.monroe.com.br e outros canais de atendimento, como o 0800-166-004.
Pelo Monroe Club, é possível acessar uma série de treinamento e cursos indicados a mecânicos, profissionais da área comercial, administração e gerenciamento e outros que atuam no mercado automotivo.
ON: O site da marca é bem completo, o que o profissional da reparação pode encontrar como ajuda para o seu trabalho?
Ecaterina: A Monroe está atenta às necessidades do mercado e mudanças de comportamento do profissional de reparação, que está cada vez mais conectado ao mundo virtual. Como citamos na questão acima, recentemente a empresa passou a oferecer atendimento via chat a motoristas, mecânicos e varejistas. A Monroe é a primeira fabricante de amortecedores a oferecer o serviço.
Pelo site, a empresa também disponibiliza catálogos de todas as linhas de produtos, dicas de manutenção, dirigibilidade e segurança, endereço de revendas autorizadas, notícias do setor, além de campanhas, projetos e eventos.
ON: Em sua opinião, o mecânico influi na hora da escolha da marca?
Ecaterina: Sem dúvida. O mecânico é um elo entre a indústria e o consumidor final. É um parceiro extremamente importante para os negócios da empresa.
ON: Qual dica para o profissional em relação as peças recondicionadas e falsificadas?
Ecaterina: A Monroe não recomenda o uso de amortecedores recondicionados e alerta para o risco de peças falsificadas no mercado. Embora esses componentes sejam mais baratas, aumentam os riscos de perda de estabilidade, trepidações, aumento da distância de frenagem, ruídos, aquaplanagem e desgaste prematuro dos pneus, comprometendo seriamente a segurança. A empresa recomenda o uso de amortecedores novos e com o selo do Inmetro.
ON: Quais ações de preservação do meio ambiente e sustentabilidade são realizadas pela Monroe?
Ecaterina: O respeito ao meio ambiente está na missão e nos valores do Grupo Tenneco. A empresa possui programas de redução de consumo de água industrial e de água potável, reduzindo a vazão dos banhos de enxágue e evitando o desperdício.
Também possui o projeto Cada Gota Conta, que visa a conscientização dos funcionários para o consumo de água. Para a realização desse programa foram instalados aeradores nas torneiras, controladores de vazão na captação dos poços, utilização da água de processos industriais nos vasos sanitários, entre outras medidas.
A empresa também faz coleta de lacres de alumínio, que são reciclados e trocados por cadeiras de rodas, que são doadas à entidades da região. Papel, plástico, papelão e madeira usados na empresa também são enviados à reciclagem.
Além disso, a Tenneco possui duas estações que tratam os efluentes gerados nos processos industriais e domésticos.
ON: Existe algum programa de orientação ao mecânico em relação ao descarte de suas peças?
Ecaterina: A Monroe é uma empresa ambientalmente responsável e todos os seus processos são limpos, com descarte correto de resíduos e aproveitamento otimizado de matéria-prima.
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.