Segundo especialista da NGK, a revisão de férias antes de pegar a estrada é fundamental, para garantir a segurança do motorista e ocupantes do veículo, evitando imprevistos. A multinacional japonesa fabricante e especialista em velas de ignição alerta que verificar as velas ignição é tão importante quanto checar pneus, freios e níveis de fluidos para ter uma viagem tranquila.
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De acordo com Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, o motorista deve sempre manter a revisão do veículo em dia e redobrar a atenção caso o carro tenha ficado sem uso por longos períodos. “Um carro parado na garagem por tempo superior a três meses – período em que pode ocorrer o envelhecimento do combustível no tanque – pode apresentar problemas em diversos sistemas, portanto é essencial fazer a manutenção completa do veículo com um mecânico de confiança antes de viajar”, afirma o especialista.
Velas, cabos e bobinas
De fundamental importância para o funcionamento do motor, os componentes do sistema de ignição devem ser priorizados durante a revisão, a ser realizada de acordo com o manual do veículo, a cada 10 mil quilômetros ou anualmente. “Quando desgastados, velas, cabos e bobinas podem causar sérios problemas, sobretudo na estrada, como aumento de consumo de combustível, dificuldade na partida e na retomada de velocidade, perda de desempenho e instabilidade em marcha lenta”, alerta Mori.
Assim, a orientação da NGK é começar a checagem do sistema a partir da vela de ignição, única peça localizada no interior da câmara de combustão que é de fácil remoção. “Uma simples análise visual da peça permite identificar diversos problemas no estado do motor, como uso de combustível de má qualidade, infiltração de óleo ou fluido de arrefecimento na câmara de combustão ou, até mesmo, eventuais problemas no motor”, explica.
Outros componentes importantes
Checar as velas de ignição é tão importante para ter uma viagem tranquila quanto verificar os seguintes componentes:
o Pneus: verifique se estão em condições ideais de uso, observando o TWI (Tread Wear Indicator), indicador de desgaste da banda rodagem, e se estão calibrados com a pressão indicada pelo fabricante. Dica: fazer o alinhamento e balanceamento das rodas do veículo na frequência correta ajuda a evitar desgastes excessivos e a estender a vida útil dos pneus. Verifique também a validade dos pneus, por meio do código DOT, que determina a data de fabricação.
o Sistema de freios: cheque o fluido de freio, responsável pela eficiência de frenagem, que absorve água do meio ambiente e deve ser substituído conforme orientação da montadora, a situação dos flexíveis (mangueiras), que não podem estar ressecados ou ter vazamentos, e o estado de desgaste das pastilhas, lonas, discos e tambores de freio.
o Sistema de arrefecimento: substitua, no período indicado, o líquido de arrefecimento, que é essencial para a refrigeração do motor; este fluído é composto de um aditivo que previne a oxidação do sistema e melhora características, como ponto de ebulição do fluido, além de água desmineralizada. Evite completar com água de torneira. Verifique o nível de fluido no radiador e reservatório de expansão; e observe a temperatura do motor no painel.
o Nível de óleo: confira o nível de óleo do motor, que é responsável pela lubrificação do motor, e os filtros de ar, óleo e combustível. Se o período de troca estiver próximo, o ideal é fazer a substituição antes de viajar.
o Sistema elétrico: verifique o estado da bateria, confira se os faróis, piscas e luzes de ré e seta, que são essenciais para uma direção segura, estão funcionando corretamente e substitua as lâmpadas que estiverem queimadas. Assim, evitam-se acidentes e transtornos com as autoridades de trânsito por serem itens obrigatórios.
Prefira a revisão preventiva
Além de causar riscos para o motorista e os passageiros a bordo, problemas repentinos no veículo trazem gastos inesperados e, muitas vezes, evitáveis. Com a revisão completa e periódica, é possível se programar melhor para manter a saúde do seu carro em dia. “O ideal é que a manutenção seja sempre preventiva. A necessidade de manutenção corretiva, quando já existe um problema, pode significar que o veículo foi negligenciado e, muitas vezes, representa um gasto maior para o reparo”, diz o especialista.