Em uma parceria entre as equipes de engenharia do Japão e do Brasil, a Toyota apresenta primeiro protótipo de veículo híbrido flex. O projeto combina um propulsor elétrico e outro flexível a gasolina e etanol.
A empresa afirma que o trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência, baixíssimos níveis de emissões e capacidade de reabsorção dos impactos de gás carbono, ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável. O protótipo foi construído sobre a plataforma do modelo Prius, usada como base para condução dos trabalhos. A marca ainda estuda possibilidades de produção desta tecnologia no Brasil no futuro.
O protótipo do primeiro automóvel híbrido flex faz parte de um conjunto de esforços da Toyota no cumprimento de metas ambientais, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. “Estou muito orgulhoso de nossos engenheiros da Toyota do Brasil, que trabalharam em conjunto com a equipe de nossa matriz, no Japão, com objetivo de desenvolver o veículo híbrido mais limpo do mundo, que usa etanol, para nossos clientes brasileiros. A inovação demonstra que a Toyota segue a passos firmes rumo à jornada em prover uma nova sociedade de mobilidade”, diz Steve St.Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe eChairman da Toyota do Brasil, Argentina e Venezuela.
Segundo a empresa, estudos preliminares realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados se mostraram ainda mais promissores.
Até chegar à formatação do primeiro protótipo, a Toyota realizou diversos testes em escala de laboratório, que tiveram início há quase três anos atrás, em meados de 2015. Em cerimônia realizada com a presença de representantes do governo do Estado de São Paulo e parceiros, a companhia deu início à fase de testes de rodagem.
No primeiro momento, o veículo percorrerá um trecho de mais de 1.500 quilômetros entre os estados de São Paulo e Distrito Federal, colocando à prova a durabilidade do carro em percursos desta natureza, para avaliar o conjunto motor-transmissão, quando abastecidos com etanol, nas estradas brasileiras. A partir daí, novos dados serão coletados. Eles informarão o desempenho do carro e servirão para possíveis ajustes, com objetivo de buscar o balanço ideal de todo o conjunto.
“Mais do que um marco em nossa sexagenária história no Brasil, este protótipo é o ponto de partida para a escrita dos nossos próximos 60 anos. A Toyota acredita que o híbrido flex, quando produzido em escala comercial, possibilitará a reabertura de um novo período de aprimoramento técnico de toda a cadeia automotiva”, declara Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.