Troca de velas da Yamaha Factor YBR 125. Acompanhe as dicas do fabricante e a substituição das velas de ignição da motocicleta, que por ter o motor exposto precisa estar em ordem para não dar problemas na partida
Texto e fotos: Carol Vilanova
Colaboração técnica: NGK
Manutenção de motocicleta é sempre uma operação especial, diferente dos automóveis em vários aspectos. Essa matéria de troca de velas exemplifica bem esse fato. Um procedimento fácil e barato, que muita gente por aí esquece de fazer, o que acaba causando problemas maiores para o motociclista.
Como dizíamos, o motor da moto, por exemplo, seu cuidado precisa ser diferente do que o do carro, pois está totalmente exposto e sofre com a ação de chuva, umidade, poeira, etc. E logo, como a maioria das motos tem apenas um cilindro, é melhor que esteja funcionando com perfeição, para não deixar ninguém na mão, nem causar acidentes.
Vamos fazer o procedimento de substituição da vela de ignição da motocicleta Yamaha Factor YBR 125, ano de fabricação 2010, com 32 mik km rodados. Problemas com a vela vai atingir diretamente as partidas, comprometendo ainda o consumo e o índice de emissões.
Hiromori Mori, técnico da NGK, nos auxiliou na matéria e explicou: “um fator importante é que essas motocicletas são utilizadas para o trabalho e se tiver um motor com dificuldade de partida, por exemplo, o motociclista está perdendo tempo de entrega, ou seja, está perdendo dinheiro”.
“O outro detalhe é que na moto, você está mais exposto, se fica parado, tentando funcionar e a moto não pega, pode acontecer uma assalto, então tem o aspecto econômico e de segurança”, finaliza.
Vamos fazer a substituição da vela, de acordo com a aplicação correta, separada por montadora e por cilindrada. Essa vela é de níquel convencional do tipo resistiva, código CR7HSA. Confira o catálogo completo para motos da NGK: http://www.ngkntk.com.br/automotivo/wp-content/uploads/2015/03/Tabela-02R_2015.pdf
Hiromori explica que a vela de moto tem uma diferença básica na manutenção preventiva: “como temos um cilindro só e as rotações do motor são muitos maiores, pedimos que faça a inspeção a cada seis meses ou 3 mil km”.
Para verificar o aspecto de queima da vela, você pode consultar no site da NGK o cartaz de diagnóstico de falhas de motor, analisando os diversos aspectos de queima das velas a fim de encontrar um diagnóstico mais preciso. Confira no link: http://www.ngkntk.com.br/automotivo/suporte-tecnico/diagnostico-de-falhas/
Substituição
Para realizar a troca das velas, tivemos também a ajuda de Marcio Ferreira, analista de assistência técnica da NGK. Use os equipamentos de proteção adequados, como luvas, óculos e sapato com biqueira de aço.
1) Para tirar o terminal, gire para descolar e puxe com cuidado. Pegue sempre no corpo do terminal, nunca puxe pelo cabo.
2) Agora com a chave de vela, e soquete de 16mm, desaperte a vela.
3) Com a ajuda da ferramenta especial da NGK, o tubinho vermelho, termine de desroquear e retire a vela.
4) Agora com o calibrador de arame meça o desgaste do eletrodo e verifique as características de queima através do cartaz de diagnóstico de falha. (Aquele citado acima)
5) Meça a resistência da vela (de 3 a 7,5 KOhms) usando o multímetro na escala de 20KOhms.
6) Antes de instalar a vela nova, cheque a folga entre os eletrodos, só por precaução. No nosso caso é de 0,7mm e está correto.
7) Rosqueie a vela nova com a mão com auxilio do tubinho de borracha para facilitar até encostar a rosca no cabeçote.
8) Agora use o torquímetro para dar o aperto de 1.0 a 1,2 Kgfm.
Obs.: é importante sempre dar o torque certo para essa vela de 10 mm de rosca. Se tiver excesso de torque pode quebrar a vela.
9) Vamos tirar agora o terminal e fazer a inspeção. Verifique bem as coifas de vedação se não estão rasgadas, para não entrar água. Lembre-se de que o motor é exposto.
10) Tira a borracha e cheque se não tem oxidação nos conectores, se não estão quebrados ou com marca de fuga de corrente.
11) Em seguida, meça a resistência do conector que deve ser de 5KOhms.
12) No cabo que sai da bobina, inspecione o estado do fio que vai conectar no terminal, se estiver ruim, corte um pedaço, se o comprimento do cabo permitir, caso contrário terá que substituir a bobina.
13) Após essa operação, coloque a coifa no cabo e depois rosqueie o terminal no fio.
14) Verifique se está bem encaixado e coloque a coifa de vedação.
15) Encaixe o terminal na vela (código LD05FP).
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.